Vivo a vida à sombra do Amor. Dizem que aparece repentinamente mas não o vi, não o vejo, mas gostaria de ver. Gostaria de o viver intensamente, sufocando-me numa complexidade de desejos e receios, deixando-me louco, sem ação de resposta. Mas na sua ausência, nasce neste jovem corpo, a dor do Amor que atormentado pela sua falta gera ansiedade. O abraço frio escurece e sinto profundamente a solidão do Amor.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Rosa
Nasce de uma semente, na quente e húmida terra escura, lá bem fundo escondida da vista.
Começa por ser pequenina no romper da terra, alimentada pelo sentimento e desejo da vida, guerreando sem medo ou hesitação.
Apresenta-se ao sol, portadora de um rubro intenso, procurando o futuro num desabrochar aromático.
A efemeridade da sua beleza é sentença de morte mas uma atração que prevalece.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
A passagem.
Já foi. Acabou. A minha passagem de ano foi passada numa mais lindas cidades do mundo, o Porto.
Não estava muito inclinado a sair de casa com toda aquela chuva, mas o meu amigo B. conseguiu-me convencer. Lá fomos os três do costume, eu, o B. e o F. sentir o doce sabor da passagem de ano nos Aliados.
Depois de algumas voltas, lá consegui estacionar a viatura a kms da avenida, por isso fomos desgastar as solas dos sapatos em grande perspectiva de diversão. Eram imensas as pessoas que se dirigiam à câmara do Porto, algumas bem deslumbrantes. As mulheres portuguesas são lindas!
A chuva afugentou algumas pessoas da noite de modo que conseguimos um lugar bem perto da árvore iluminada, melhor spot para ver o fogo-de-artifício. E que fogo aquele! Foi fantástico. Apenas não apreciei o facto de uma vez mais estar só nesta altura do ano.
Quando chegaram as doze badaladas, não tinha ninguém junto a mim para trocar um beijo ardente. Que bom deveria ser, começar um novo ano sentindo os lábios quentes de uma mulher. Tantas que por lá havia… Mulheres formidáveis, deslumbrantes e sensuais nas suas roupas aprumadas à ocasião. Imensas delas sozinhas, sem ter quem as deliciasse nesta época tão romântica.
Comecei a observar o meio que me envolvia sentindo uma pesada carga sobre o coração e a alma. O destino contraria-me novamente, não me permite fazer alguém feliz. Assim me bateu no meio de uma multidão, a solidão....
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