Vivo a vida à sombra do Amor. Dizem que aparece repentinamente mas não o vi, não o vejo, mas gostaria de ver. Gostaria de o viver intensamente, sufocando-me numa complexidade de desejos e receios, deixando-me louco, sem ação de resposta. Mas na sua ausência, nasce neste jovem corpo, a dor do Amor que atormentado pela sua falta gera ansiedade. O abraço frio escurece e sinto profundamente a solidão do Amor.
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Conto de encantar.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Coração Pulsante
Que fado farsante de horizonte incerto,
Atormenta da tua ausência,
Com coração pulsante a cada frase tua vive,
Numa fábula de princesa por mim contada.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Sentado
Sentado aqui sozinho, divago nas artérias da essência da tua pessoa.
Cativando o sentimento de uma saudade que palpita ao mesmo tom do meu peito.
Num grito taciturno anseio aclamar o teu nome.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Desejo do amanhecer.
Hoje com amanhecer toca me a vontade de sentir de beijar . Nesta penumbra da alvora a escuridão disfarça as sombras e a solidão dá vida. Sou traído pela ilusão da tua entidade. Caio na paixão de um dia amar.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Tabacaria
Tabacaria
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo.
que ninguém sabe quem é
( E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por humidade nas paredes
e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Do meu quarto de um dos milhões do mundo.
que ninguém sabe quem é
( E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por humidade nas paredes
e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fernando Pessoa
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Quero-te.
Surge o desejo de te tocar , levemente encosto a minha mão a tua. Estou com medo que te afastes mas mesmo assim eu tento.
Que bom eu consigo.
Que doce é a tua mão, arrepia-me. Quero mais, tenho que ter mais.
O que faço?
Já sei, e pergunto "Qual é o perfume que usas?".
Tu me respondes, e sem pensar duas vezes pergunto, "Posso cheirar?".
Tu dizes "sim".
Chego ao pé de ti, inclinas a cabeça para eu cheirar o teu pescoço.
Sinto o aroma do teu perfume envolto em teu cheiro. Conquisto o teu cheiro mas luto para não possuir esse pescoço com um beijo
Afasto com a raiva do podia ter tido.
Grito num silêncio "QUERO-TE".
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